domingo, 27 de maio de 2012

Um doce olhar

Existem experiências que nos fortalecem, que nos enriquecem de tal forma que nos sentimos surpreendentemente vazios. Este vazio não é ser vazio, o fútil, mas sim, estar tão livre de pensamentos e idéias que acabamos por nos encher da vasta luz e energia.
Ficar só, silenciar-se e observar tudo o que está ao redor é algo grandioso. Perceber a existência de tudo o que nos cerca, do céu, do mar, da areia, da vida é algo divino. Entregar-se e sentir o corpo pulsar no mesmo modo é uma experiência, um aprendizado. E olhar as coisas como elas são, com simplicidade, é algo difícil mas transcendental.
Por que o mar é mar? Por que o sol é sol? Ele simplesmente é? Não acorda todos os dias pensando e se perguntando, ele é!
Ao observar uma criança, aprendemos ainda mais que nada, nada é mais difícil do que derrubar o medo do amanhã. A criança vive o agora, está no agora e vive aquele presente que lhe é doado.
Não se questiona por que está ali, por que não pode ser de outro jeito, ou como as coisas serão daqui pra frente.
Olha o mundo com os olhos puros, sem pré-julgamentos, preconceitos, ideologias, crenças. Olha o que está na sua frente e só acredita no que está diante de seus olhos ou naquilo que realmente lhe proporciona realização.
Seu futuro é algo tão próximo, que consegue se imaginar só até o amanhã, e não pensa como será em um mês, ou como será minha vida.
Seu passado é lembrança, e não carrega cargas dele.
Seu futuro é o agora.
Seu presente é a vida! É o paupável.
A questão é, por que esta pureza se vai e dá lugar a tantos medos?
Se ela colocou a mão no fogo, se queimou, doeu, machucou, sabe que se fizer de novo, se queimará e machucará!
Mas ela não deixará de correr, de pular, de viver e abrir-se a novas experiências por medo de se queimar. Ela somente não repetirá aquilo que a feriu. E irá viver tudo aquilo que está na sua frente.
É tão difícil aprendermos isso? É tão difícil aceitarmos que com medo não se vive? Com medo nos estagnamos, paramos, nos escravizamos.Morremos aos poucos.
Se jogar a vida, observar o mundo, percebê-lo.
Observar a si mesmo, perceber-se, olhar os seus medos, descobrir as suas raízes e abandoná-los, esquecê-los. Aprender, sempre.
Medo é escuridão!
Liberdade é Luz!!
Confio na Luz, Acredito no Caminho e me Entrego ao Amor!


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